Livro encaminhado pela Ed. Record
288 páginas
O segundo semestre de 2012, teve,
talvez, como principal pauta, o julgamento da Ação Penal 470, mais conhecida
como julgamento do Mensalão.
Vocês se recordam, caçadores?
Pois bem. Merval Pereira, colunista
do jornal O Globo, entre 2 de agosto
e 11 e dezembro daquele ano, publicou artigos sobre o julgamento que estava
acontecendo.
Durante quatro meses e 15 dias, a mídia, todos os dias, pautava o julgamento do processo.
Diferentemente de matérias
jornalísticas que, na prática, devem ser isentas de opinião, as colunas
escritas por Pereira eram recheadas
de posicionamentos. O que, de fato, pode.
Tais artigos foram copilados e
lançados pela Record no livro Mensalão –
o dia a dia do mais importante julgamento da história do Brasil.
Ao todo, 87 textos estão na
publicação. Dois deles inéditos: Fecho de
ouro e A escolha dos heróis. O
primeiro sobre o encerramento do julgamento e o segundo sobre os caminhos
tomados pelos ministros e julgados.
Os artigos, que eram publicados
quase diariamente, em sua maioria, faziam uma análise do dia anterior, ou tentavam
prever o que iria ocorrer naquele dia – por vezes, erravam.
Apesar de ser um livro sem
personagens como num romance, é possível dizer que existem os personagens principais. Estes, sem dúvida, são dois
ministros e um réu.
O revisor do processo, ministro Joaquim Barbosa, talvez seja o maior. Ele, que foi consagrado pela grande maioria como o “justiceiro”, realmente tem seu mérito por querer acatar as leis. Ricardo Lewandoviski, principal “oposição” ao ministro Barbosa, tem, pelo livro, a imagem de querer, principalmente, atrasar o julgamento para favorecer alguns lados.
Dentre os réus, claro, ele, José
Dirceu, o ex-ministro da Casa Civil é duramente criticado pelo autor, que o
classifica como chefe da quadrilha, e não poupa críticas ao seu partido, o PT,
que tenta fazer dela um herói por conta de sua luta para a democracia.
No julgamento do mensalão, ao
todo, eram 38 acusados. Destes, 25 foram condenados, 12 absolvidos e um
retirado do processo.
Outro fato para dar orgulho a
nós, brasileiros, é que, dos 11 ministros titulares que formam a corte do
Supremo Tribunal Federal (STF), oito foram nomeados pelo Partido dos Trabalhadores.
Isto significa que, mesmo sendo nomeados pelo partido que chefiava o esquema, o
STF agiu soberanamente, como deve ser.
Será o fim da corrupção? O autor
já tem a opinião dele, e você, caçador, tem a sua?
Apesar de parecer complicado, a
linguagem é simples. E, caçador, mesmo que você não seja um “doutor” em
política, mas tem o mínimo de conhecimento, provavelmente irá entender. Vale a
pena a leitura.
Vamos às notas:
Capa: 7 – Utilizaram a imagem do ministro Joaquim Barbosa (sem a
cabeça), de costas, que virou “meme” no Facebook. Além do mais, escreveram o Mensalão em branco, e com o fundo em
vermelho. Claro, para remeter ao principal partido do processo.
Diagramação: 7 - Nada demais.
Conteúdo: 7 – Bem escrito e de fácil assimilação para quem já tem um
pouco de intimidade, no assunto.
3 comentários:
É uma boa proposta de um livro referente a politica, assunto que a maioria dos jovens acham chato e blablabla! A leitura não pode ser baseada apenas nos nossos gostos e sim no universo da literatura em geral :)
Beijos,
Caroline, do Criticando por Aí.
Isso mesmo, Caroline!
Beijo!
Não me senti interessada nenhum pouco por esse livro :/
Beijos.
Páginas na Estante
@alyneadriana
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