Ed. Companhia das Letras
184 Páginas
ISBN: 978-85-359-2144-1
Olá, caçadores, como estão? Na última semana não postei nenhuma resenha. O motivo disso: volta às aulas da faculdade. Além do mais, estou com um super-livro no momento, que, espero eu, a resenha seja publicada na próxima semana. Se você for fã de biografias, aguarde.
Mas chega de conversa fiada e vamos à resenha de hoje.
Dois contos em uma novela. Ao todo, três histórias compõem esta
mais nova obra de Sérgio Sant’Anna, um dos grandes escritores da literatura
brasileira.
O primeiro conto, “Entre as linhas”, é a história de um
escritor que, ao escrever um conto, pede a uma amiga que o leia e faça
mudanças. Esta, por sua vez, o faz. O faz tanto, e de tal maneira, que as
mudanças acabam criando outro conto.
Apesar da narração e dos diálogos bem elaborados, a história
não é tão interessante.
Diferentemente do primeiro conto, “O milagre de Jesus” é
fascinante. A história é inacreditável. Um mendigo, durante suas andanças pelas
ruas, toma uma decisão: entrar em uma igreja.
Ele, que se chama Jesus
Curioso, e se veste em algumas roupas velhas e tem uma barba por fazer,
acaba sendo confundido, por uma fiel, com o próprio messias enquanto estava na
igreja.
Uma mulher deficiente, que já se relacionou com um anão, e
foi estuprada por três homens, começa a se abrir com Jesus. Ele, ao ouvir a mulher, nega que seja o Cristo. Ela, por ver
a humildade do homem em negar ser quem ela acredita que seja, acredita ainda
mais que seja o Salvador.
E ela joga uma decisão na mão de Jesus: abortar ou não abortar um filho não esperado?
Por fim, a novela que dá nome ao livro, “Páginas sem Glórias”,
é esplendorosa.
O autor conta a história de José Augusto do Prado Almeida, conhecido como Zé
Augusto, ou simplesmente Conde.
Ele é um fanfarrão, digamos assim. Jogador de futebol dos
anos 50, nunca quis nada com o futebol profissional. Inclusive, foi descoberto
por acaso em um futebol de areia no Rio de Janeiro, e acabou indo para o
Fluminense.
Já no primeiro clube, acabou se envolvendo em festas, saídas
noturnas e mulheres, o que acarretou em sua mudança
para um clube menor, o Bonsucesso.
Lá também não teve jeito. Os mesmos velhos problemas. Nunca
conseguiu parar em um clube profissional, e acabou desistindo do futebol.
A história, além de muito bem contada, é engraçada. Sant’Anna,
por vezes, utiliza espaços da memória para preencher o livro. Além disso,
relata fatos que realmente aconteceram. Somando a isso, é impossível não pensar
no Adriano, o jogador que era uma promessa do futebol mundial, e acabou se
perdendo.
Vamos às notas:
Capa: 9 - Com o título e o nome do auto em destaque, a foto ao fundo, em preto e branco, que remete ao Rio de Janeiro dos anos 50, com um pedaço de praia, remete bem a novela do livro.
Conteúdo: 6,5 - O primeiro conto é fraco. O segundo é bom. E a novela é muito boa.
Diagramação: 8 - Folhas amareladas e letras pretas.
No geral, é um livro interessante de ser lido.
Até a próxima, galera.
2 comentários:
Gostei bastante da sua resenha. Leria o livro numa boa.
soniacarmo
retalhosnomundo.blogspot.com.br
Sonia, tá esperando o quê? Vá, leia, e depois me diga o que achou.
Beijão!
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